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sábado, 18 de fevereiro de 2017

A cura do teu mundo, tá destruindo o meu.

Admita.
O que você chama de 'doença', muitos chamam de cura. 
Afinal, não foram os sábios que disseram que o amor pode curar o mundo?




quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Se permitiu, mesmo que por alguns minutos, sair da realidade. 
Fechou os olhos, ela sentia que poderia voar.
Ela, que não gosta de perder o controle de sua própria mente. Se permitiu voar. 
Era justo, afinal, a realidade é uma merda.
Acendeu, virou o que poderia ser a última dose, voou.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Deprê ? Não, mas quase.

Acho que perdi as contas...
Uau! Eu realmente perdi as contas de quantas vezes eu quis você hoje!

Deprimente, eu sei.

Emaranhado de palavras

De um lado, uma contradição. 
Do outro, um fato. 
Por um lado, uma certeza.
Por outro, a dúvida.
Há pouco, uma lembrança.
Por pouco, o esquecimento.
Em um dia, tudo normal.
Há uma noite...só caos.





"Aquilo que lhe traz paz, te tira o sono todas as noites"
J.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Não pensa, não pensa, não...


- Acabei de ver uma coisa que preferia não ter visto.
- Eu imaginei que veria.
- Eu estava feliz, achei que conseguiria dormir antes das onze hoje. Mas...Droga de intuição!
- Você sabia que aconteceria, não?
- ''Covarde''. Lembra?
- Eu avisei.
- Preferia não ter visto.










"Me desarma, me convenceu..."


terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Olhe bem, você está pisando em vidros quebrados. Precisa parar...

Passou anos sem aparecer, dizendo que estava bem. Que as coisas tinham melhorado e que não precisava mais falar.
Você passou anos mentindo pra si mesma e hoje aconteceu exatamente o que sabíamos que aconteceria.

Precisa parar.

Ficou anos sem aparecer e agora não consegue por algum sentido no que diz. Você está uma bagunça!
Admita de uma vez por todas, aquilo que você julga lhe trazer paz, te tira o sono todas as noites. Se quer consegue me dizer o que pensa.

Você precisa parar, Jéssica!


sábado, 5 de janeiro de 2013

Precisamos parar de olhar para aquilo que NÃO temos e começar a dar mais atenção para aquilo que é bom e julgamos insignificante, mas que temos em excesso.

#simplicidade!

sábado, 29 de dezembro de 2012

"Aprendi a ficar calado mesmo vendo o errado, pois nem sempre podemos expor nossa opinião, ainda mais quando estamos lidando com mentes fracas." (Autor desconhecido)



sábado, 17 de novembro de 2012

- sem título -


Rascunho -

Santa Barbara era uma pequena cidade localizada ao Sul do Brasil, com menos de 10 mil habitantes de ascendência europeia. A cidade já havia sido muito visitada por turistas de outras partes do Brasil, que frequentavam apenas para conhecer mais dos costumes europeus, ver os casarões antigos, monumentos históricos, mas com o passar dos anos foi ficando esquecida.  
Chovia forte naquela noite, o vento açoitava as árvores nas ruas á ponto de conseguir derrubá-las, o frio predominava e castigava sem dó os moradores da cidade. Carl Saint James acordara com o barulho da tempestade que caía sob teto de sua pequena casa mal cheirosa fazendo com que a casa rangesse a cada trovejada.
Carl era um velho na faixa dos sessenta e três anos, com barba por fazer, restava-lhe uns poucos cabelos brancos, era ascendência inglesa, de uma antiga família que fugira para o Brasil no inicio do século XX, durante á Guerra, fumava maços atrás de maços de cigarro fazendo com que tossisse até cuspir sangue, extremamente ranzinza, que se queixava da mesma coisa repetidamente e quase não tomava banho. Ele vivia sozinho na velha casa da família desde o dia em que perdera á esposa em um estranho acidente de carro passando a criar sozinho sua filha Samantha, que há muito não via.
- Diabos! Um velho não pode dormir em paz sem ter o teto destruído por uma maldita chuva! – praguejou ele.
Resolveu descer até a cozinha para tomar umas cervejas, já que a chuva arrancara-lhe o sono, calçou os chinelos e chutou umas garrafas que estavam jogadas pelo quarto. Descendo as escadas que rangiam como os lamentos de uma velha decrepita, um raio iluminara o aposento, Carl pensou ter visto algo no quintal. Parou em frente á janela e ergueu a cortina para verificar. Não havia nada além de um cão que latia do outro lado da velha cerca de madeira que Carl construíra. Sentou na velha poltrona, ligou a televisão, colocou no noticiário local e acendeu um cigarro.
O repórter estava de frente ao cemitério da cidade, falando qualquer coisa que Carl não entendia devido ao barulho da chuva. Aumentou o volume.
- A policia está investigando o desaparecimento dos corpos que foram retirados da cripta onde a antiga família Van Herz está sepultada. Vamos falar com o Delegado da cidade para saber mais informações:
- Delegado, o senhor pode nos dizer o que houve aqui? – perguntou o repórter que estava com o rosto vermelho devido ao frio.
- Não sabemos dizer ao certo, mas creio que tenha sido alguns adolescentes rebeldes querendo chamar á atenção. Nada que não possamos resolver.
Afirmou o Delegado sem muita convicção, deixando espaço para novas perguntas na qual o repórter fez questão de fazê-las:
- Mas como os adolescentes entraram? Não há sinais de arrombamento, essa é a cripta mais bem lacrada da cidade. E como simples adolescentes levariam mais de cinco cadáveres? – perguntara o repórter incrédulo.
O delegado afagou o cavanhaque, olhando para o portão do cemitério como se estivesse pensando na hipótese e por fim disse:
- Não temos certeza do número de pessoas, mas nossa meta agora é encontrar esses cadáveres, sem mais. – disse o delegado encerrando o assunto.
O repórter ficou quieto por um segundo e voltou a falar do estranho acontecimento, perguntando ao âncora do telejornal qual era á opinião dele.
Há essa altura Carl estava quase pegando no sono quando ouviu um barulho do lado de fora, esperou para ter certeza de que ouvira mesmo alguma coisa ou se foi só ‘barulho da maldita chuva’. Carl ouvia passos, passos lentos, um arrastar de pernas mais lentos que o dele próprio.
- Diabos! Só pode ser ladrões. O que esses vermes querem roubar de mim?
O cão começara a latir e Carl não sabia dizer se era por conta dos trovões ou outra coisa. Pegou o taco de beisebol e seguiu lentamente em direção á porta, olhou pela pequena abertura da janela e nada viu além do cão que continuava á latir para a casa de Carl.
- Cale a boca cachorro dos infernos! Já não basta o barulho dessa maldita chuva, agora você começa a latir, seu miserável! – gritara para o cão da janela de casa, mas ele não parara de latir.
 Voltou a se sentar na poltrona praguejando pela existência de cães no mundo e resmungando sobre o tempo ruim, quando um raio e o vento forte derrubava uma árvore fazendo com que colidisse com o poste de luz, arrancando todos os fios deste e deixando Carl na escuridão. O cão passou a latir mais alto, fazendo o velho perder a paciência. Pegou a arma que guardava embaixo da almofada da velha poltrona, pegou a capa e saiu.
- Cachorro insolente vou acabar com isso agora, seu vermezinho. – ralhou o velho pela milésima vez escorregando nas poças d’agua pelo caminho. Quando Carl chegou até a cerca de madeira para dar um fim ao cão que latia, nada encontrou. Olhou em volta para ver para onde fora, mas não havia nada era como se o cão nunca estivesse estado ali perturbando o sono do velho.
Algo gelado correu pelo pescoço de Carl, fazendo o velho estremecer. Logo notou que a capa estava rasgada na touca e estava se molhando. Correu bamboleando de volta para casa com os dedos dos pés rígidos de frio. Quando trancou a porta um estranho cheiro chegou ao nariz, um cheiro que o fizera tossir de ânsia. Tirou a capa e largou-a no chão, seguiu em 
direção a sala com a arma na mão, havia alguém na casa.

O cheiro de podridão aumentava á cada passo que o velho dava ao chegar próximo á entrada da sala, um frio percorreu sua espinha. Uma estranha sensação de medo se apoderou dele, Carl não sabia de onde vinha esse medo, mas sabia que tinha que sair daquela casa o mais rápido possível. Mas ele não conseguia se mexer, estava paralisado, como se algo o impedisse de sair. Quando o velho olhou para a poltrona em que estivera sentado minutos antes o choque fez com que deixasse a arma cair com estrépito. Carl não acreditava no que estava vendo, sua mente velha estava pregando-lhe uma peça e que brincadeira de mau gosto!

- Olá querido, está tudo bem? Parece assustado!  - disse a estranha criatura, fazendo com que o cheiro ruim intensificasse.
Carl a olhou e sentiu um estranho vazio dentro de si, achava que estava sonhando e queria acordar. Não era possível, ele bebera demais e estava vendo coisas, mas não podia ser aquilo era muito real para alguém que estava bêbado imaginar. Criou coragem para encarar aquele rosto que um dia já foi belo, que um dia já havia sido á coisa mais linda que Carl já vira, com um sorriso que fazia com ele perdesse o folego, um sorriso cheio de ternura. Mas não era mais o mesmo rosto, não tinha mais o mesmo sorriso estava em decomposição, os cabelos caíra á metade, a pele estava escura e com hematomas, mas o que mais assustava o velho Carl eram os olhos da criatura, eram negros e não havia vida naqueles olhos.